A Georota Da Rocha a Garrafa inicialmente proposta é composta por 6 vinícolas que são próximas e interligadas e de fácil acesso. Todas contam com infraestrutura (estrada pavimentada, casa de recepção e proximidade com o centro da cidade) e dados completos do projeto.

As vinícolas incluídas nesta primeira georota estão preparadas e cheias de informações para os turistas. E cada visita você poderá observar o meio físico e vivenciar cada um dos fatores do terroir que explicamos aqui, podendo assim, viver uma experiência de turismo de base científica e, claro, degustar os deliciosos vinhos da região enquanto observa a paisagem, sente o clima e compreende todos os fatores que levaram os vinhos desde a rocha até a garrafa.

Nós ainda estamos preparando um material com todas as vinícolas participantes do projeto com detalhes de cada fator do terroir que você poderá ver e vivenciar nelas. Não deixe de nos acompanhar que vem muita novidade por aí!

Enquanto isso, a seguir explicamos um pouco do que você poderá observar em cada vinícola relativo ao meio físico e o quanto isso influencia nos aromas e sabores degustados no local. Não deixe também de fazer os tours das vinícolas e aprender muito mais sobre os aspectos viticulturais de cada produtor.

Todas as vinícolas da rota estão situadas em altitudes de 1200-1300m, o que confere temperaturas médias anuais de 14-14,5 0C e um clima médio frio e seco na região. Estas condições são essenciais para a produção dos vinhos finos de altitude de São Joaquim.

Já no que se refere à rocha, solo e relevo, as possibilidades de percepção são infindas. Se você olhar a redor, você vai estar em zonas altas formadas por relevos de extensos patamares horizontais, os chamados, plateaus, que são gerados pelos derrames de lavas basálticas, que por serem menos ácidas, se espalharam de forma mais ampla há 134 Ma quando se formaram.

Na Vinícola Boutique Dálture, que está localizada entre o limite das rochas basálticas e dacíticas, podemos observar pequenos topos mais elevados, como pequenos picos mais íngremes na região de cume das montanhas. Isso se dá pelo fato de as rochas dacíticas que estão no topo, serem mais ácidas e não conseguirem se espalhar lateralmente tão bem como os basaltos, formando estes pequenos promontórios nas zonas mais altas.

E com relação aos solos são bastante recentes e pouco desenvolvidos. Você poderá observar os Neossolos Litólicos, onde se vê solos de pequena espessura (< 1m) comumente acompanhados de substrato rochoso em sua base. A Vinícola Vilaggio Bassetti tem caminhos que se pode percorrer especialmente didáticos para este tipo de observação.

Além das questões do meio físico e de sua compreensão na produção dos vinhos vulcânicos de altitude de São Joaquim, nós recomendamos que você perceba também não apenas o saber fazer rico e peculiar de cada vinícola, converse com os viticultores e viva esta experiência completa.

Tudo em São Joaquim é jovem, sejam as rochas de 134 milhões de anos, que são parte das rochas mais jovens do estado de Santa Catarina, os Neossolos Litólicos e também a viticultura. Num mundo assim jovial, há muito o que descobrir, mas também há muita experiência acumulada, carinho e afinco na produção vitícola.

Visite o território, entre nesta viagem da rocha a garrafa e temos certeza que o vinho terá um sabor ainda mais incrível, pois quando compreendemos o processo como um todo, fazemos parte dele de alguma forma. Vá a São Joaquim, deguste os vinhos, a cultura e arquitetura e design de cada vinícola que faz de cada uma, uma experiência sem igual. Boa viagem!